Mamadeira de piroca, kit gay,

e

a pandemia de fake news

A disseminação de desinformação

Desde que assumiu a Presidência, pouco mais de mil dias atrás, Bolsonaro já mentiu mais de 5 mil vezes. Isto sem contar as promessas falsas de campanha, como a de acabar com a reeleição e de reduzir o número de parlamentares.

Usando a mentira como estratégia política, Bolsonaro se esquiva da responsabilização de suas ações, semeando dúvida e confusão. O objetivo não é necessariamente fazer com que se acredite em alguma mentira, mas minar a noção que qualquer coisa seja verdade. Ainda, radicalizam uma base pequena mas fanática e extremista, que tem poder para se organizar perigosamente.

O Gabinete do Ódio, milícia digital cujo objetivo é agir contra as instituições e a democracia, dissemina fake news, promove ataques contra a imprensa e contra o judiciário, e persegue adversários políticos. O grupo também atuou para difundir informações falsas referentes à pandemia e ataques contra as pesquisas eleitorais. Os filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro orquestram os ataques, sediados no Palácio do Planalto. Outro fato preocupante é a procura de softwares espiões por pessoas conectadas a família em uma ditadura do Oriente Médio, e a interferência de Carluxo em licitações federais de polêmicas tecnologias de espionagem.

Vale também lembrar das conexões da família com o neofascismo internacional. Eduardo Bolsonaro tem laços com Steve Bannon, o responsável pelo escândalo de manipulação eleitoral da Cambridge Analytica, que foi preso em conexão com as investigações sobre a insurgência do Capitólio — a primeira transferência de poder violenta nos Estados Unidos desde a sua guerra civil.

Já Carlos Bolsonaro, viajou à Rússia junto com uma comitiva presidencial, onde certamente discutiu táticas e estratégias de desinformação para a campanha eleitoral. Assessores chave do Gabinete do Ódio também viajam à Rússia. Vale lembrar que Alexandr Dugin, ideólogo de Putin que teorizou a invasão da Ucrânia, defende táticas de desinformação para desestabilizar o Ocidente.

Logo poderemos comemorar o fim desta terrível presidência, mas não vamos nos iludir:

O bolsonarismo persistirá.

A batalha contra o neofascismo deve continuar.

Resistiremos, e venceremos.